Após 4 greves na gestão Dilma, PMsdiscutem levantes em mais 8Estados

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

SÃO PAULO e BRASÍLIA - Desde que a
presidente Dilma Rousseff assumiu o
cargo, polícias militares de quatro
Estados já entraram em greve.
Atualmente, outras associações de
cabos e soldados de oito já discutem
decretar paralisação. O motivo é o
trancamento da tramitação da PEC
300 no Congresso Nacional, emenda
constitucional que estabelece um piso
nacional para os policiais militares,
por meio da criação de um fundo
para ajudar Estados que não
conseguirem bancar o aumento.
O presidente da Câmara, Marco Maia
(PT-RS) , avisou na semana passada
que não colocará a emenda
constitucional em votação porque não
há previsão orçamentária para arcar
com os custos do aumento salarial
para os policiais. "Esse tema será
enfrentado de novo só com a
discussão do Orçamento de 2013" ,
emendou.
O ministro da Justiça, José Eduardo
Cardozo, informou, em entrevista ao
Estado, que há no País ação articulada
de policiais militares em várias partes
do País orientada a promover ondas
de violência e disseminar o pânico na
população como forma de arrancar
aumentos salariais dos governos
estaduais, como ocorre atualmente na
Bahia.
"Temos presenciado um crescimento
da situações de vandalismo nessas
greves", afirmou. "E visto o
crescimento de situações em que se
busca disseminar o pânico entre a
população, em atitudes inaceitáveis
quando vindas de policiais." Além da
Bahia, nos últimos anos já entraram
em greve no Nordeste as PMs de
Ceará, Maranhão, Piauí, Alagoas e
Paraíba. No Norte, entraram
Amazonas, Pará e Rondônia. No
Sudeste, apenas os bombeiros do Rio
deflagraram movimento.
Os Estados com grupos de praças
que reivindicam o apoio à PEC 300
são Roraima, Mato Grosso, Tocantins,
Goiás, Distrito Federal, Espírito Santo,
Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande
do Sul. As informações estão sendo
divulgadas nos principais blogs que
acompanham os movimentos
grevistas dos policiais.
"Houve quebra de um compromisso
que foi assumido durante as eleições
para presidente. As discussões foram
para os Estados e os movimentos
acabaram sendo deflagrados nas
associações de praças ", explica o
soldado Fernando Almança, que
trabalha em Cachoeira do Itapemirim,
no Espírito Santo, e abastece o blog
www.pec 300.com .
O deputado estadual major Olímpio
Gomes (PDT) participou das
negociações em torno da PEC 300
durante a campanha presidencial.
Segundo ele, o então candidato a
vice-presidente, Michel Temer, reuniu
policiais e deputados para assumir o
compromisso de votar a emenda
constitucional.
Reviravolta. Depois da vitória nas
urnas, os cortes orçamentários
levaram a presidente a barrar a
tramitação do projeto no Congresso.
Já Cardoso acha correta a posição do
governador Jaques Wagner de não
negociar anistia com os grevistas.
"Você não pode permitir que pessoas
que usam o distintivo ou a farda de
policial ajam negando aquele que é o
papel pelo qual o Estado as
remunera."

estadao.com.br/noticias/cidades,apos-4-greves-na-gestao-dilma-pms-discutem-levantes-em-mais-8-estados,832267,0.htm

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