Ministério Público intima ACS/PMRN para esclarecer possível atividade sindical realizada pela entidade
quarta-feira, 7 de março de 2012
Por Sd Glaucia
A Associação de Cabos e Soldados da PMRN (ACS/PMRN) foi intimada pelo Ministério Público Estadual para esclarecer sobre a possível realização de atividade sindical da maior entidade associativa de policiais militares do Estado.
A intimação foi motivada por uma denúncia feita pelo Soldado Daniel Correia contra o Presidente da ACS/RN, Cabo Jeoás Nascimento, e os respectivos Diretores da associação. Segundo a denúncia, o Cabo Jeoás estaria executando funções de sindicalista à frente da categoria, o que é vedado pela Constituição Federal.
A denúncia está causando discussão nas redes sociais, como Orkut, Facebook e Twitter, já que a ACS/PMRN divulgou em seu site oficial que o Soldado Daniel Correia havia solicitado o fechamento da entidade. Segundo Daniel Correia, já havia no Ministério Público uma investigação desde o ano de 2009 sobre a possível atividade sindical da ACS/PMRN. “Denunciei o Cabo Jeoás, pois ele usou contra mim os regulamentos e códigos que ele mesmo alegava ser arcaico. Portanto, me deu o direito de fazer também! Se ele não tiver cometido nenhum ato ilícito, não tem por que respingar na ACS! Se respingar, é por que ele agiu de maneira a colocar a entidade em risco”, declarou o Soldado Daniel em seu Twitter.
A matéria publicada no site da ACS tenta ainda vincular o nome do Soldado Daniel Correia às eleições da associação que acontecerá no próximo dia 17 ao afirmar seu apoio à uma das chapas concorrentes. Para o Cabo Heronides e Soldado Neriberg à vinculação do Soldado Daniel e a Chapa 2 é uma tentativa de mudar o resultado das eleições previstas para ocorrer este mês, já que em todas as pesquisas a Chapa 2 se configura como a principal chapa concorrente. “A própria matéria do site da ACS afirma que a denúncia foi motivada por um desentendimento pessoal entre Daniel e o Cabo Jeoás”, declarou o Cabo Heronides. Em seu blog, o Cabo Heronides emitiu uma nota afirmando que a Chapa 2 não é a favor da dissolução da entidade e que acompanhará o andamento do processo.