PRISÃO OU CAIXÃO

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Uma das grandes preocupações dos seres humanos que vivem em sociedade é com a segurança pública. Em Rondônia, a situação não é diferente. Como se não bastassem os muitos crimes que por aqui acontecem, recentemente surgiram dois que nos atemorizaram ainda mais: sequestro, por óbvio o mais preocupante, e explosão de caixas eletrônicos para saqueá-los.

O sequestro teve como vítima um jovem de família bem situada socialmente, como é comum nesse tipo de crime. A família chegou a pagar o resgate, o expressivo valor de meio milhão de reais, como a mídia divulgou amplamente.

Tudo parecia ter dado certo para os sequestradores. As angustiantes horas passavam para a família, os amigos da vítima e, de certo modo, para todos que acompanhavam o caso através da imprensa.

De repente, quando a falta de solução imediata dava sinais de que o crime compensa, as polícias, que se uniram em sintonia com competência, prenderam os envolvidos e libertam o sequestrado. Sem troca de tiros, sem que a vítima corresse riscos adicionais, nem os marginais sofressem qualquer ferimento. Uma operação policial marcada pelo sucesso. E mais: 95% do valor pago pelo resgate já foi recuperado e entregue à família.
Mais recentemente, novas investidas de uma quadrilha que usa explosivos para assaltar caixas eletrônicos. As polícias civil e militar, responsáveis nesse contexto, já sabiam do plano e não vacilaram. Resultado: assaltantes presos e um deles baleado, quase que mortalmente, após ter reagido.

Nem tudo, portanto, deve ser motivo de queixas em relação ao atual governo. Sabemos que há setores vitais, como o de saúde, que ainda anda patinando no caos, sem sair do solo das promessas como é preciso. Criticar o que está errado é a função mais edificante da imprensa, por ser a de maior repercussão social. Se sob criticas os problemas não forem resolvidos, muito menos o serão se não o forem. Desde que essas ofensivas sejam isentas, justas e embasadas em informações verdadeiras e análises competentes. Sugerir soluções eficazes e viáveis para o motivo das críticas dá ainda maior credibilidade a elas.

Ainda há muito que fazer pela segurança pública em nosso Estado. Muitas das deficiências apresentadas têm evolução crônica, arrastam-se há décadas sem a esperada solução. Por isso não se pode exigir que tudo seja resolvido como desejamos, de uma hora para outra. Todavia, para sermos justo, devemos admitir que algo de positivo está acontecendo. E que temos motivos para ter esperança de que dias mais seguros podem estar a caminho.

O jovem secretário de Segurança Pública e Defesa da Cidadania, Marcelo Bessa, 37 anos, delegado federal, tem deixado claro a que veio. Certamente, pelo que temos observado, não foi para brincar em serviço. Em reiteradas entrevistas, explicitou sua determinação em reduzir os elevados índices de criminalidade em Rondônia, e levar essa guerra às últimas consequências para proteger a população.

Mesmo que a metodologia usada pelas polícias utilize estratégias investigativas com bases científicas, onde a força do raciocínio se sobreponha à força física e ao poder lesivo das armas, e as ações coercitivas visem preservar a integridade física dos envolvidos, inclusive dos criminosos, os órgãos de segurança não deixarão por menos qualquer tentativa de reação violenta dos bandidos. Marcelo Bessa, em recentes declarações, foi enfático: quem pretender implantar em Rondônia um clima de marginalidade, de violência e terror, deve desistir antes que seja tarde. E disparou: "Pra bandido, prisão ou caixão".

Desejamos que, se possível, não se consume a última opção, e que só a prisão dos criminosos baste. Melhor ainda se as medidas preventivas, empreendidas pelos governos e por cada um dos cidadãos, surtam os efeitos desejados para que possamos exercer nosso direito de viver em paz.


Fonte: Rondonia ao Vivo viapolicialbr.com

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