Delegados ameaçam entregar delegacias no interior

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Delegados ameaçam entregar DPs no

interior do RN


De Fernanda Zauli para o Diário de

Natal

Os delegados da Polícia Civil do Rio

Grande do Norte ameaçam entregar

as delegacias que acumulam no

interior, caso o Governo do Estado

não sinalize com a nomeação dos 82

aprovados no concurso para

delegado. De acordo com a

presidente da Associação dos

Delegados de Polícia (Adepol/RN ),

Ana Claudia Gomes, atualmente há

delegados que acumulam delegacias

em mais de 20 cidades. "A situação

no interior do estado está

insustentável e algo precisa ser feito

urgentemente", disse.

A decisão de entregar ou não as

delegacias acumuladas será tomada

em assembléia marcada para as 11h

de hoje, na sede da Adepol. Os

delegados regionais decidiram tomar

alguma providência após anúncio do

governo, em reuniões com a

categoria, de que só seriam

nomeados 10 dos 82 aprovados para

o cargo de delegados. "O acúmulo de

delegacias é ilegal e a categoria vem

suportando essa prática há anos na

esperança de que essa nomeação

aconteça e agora o governo diz que

irá nomear só 10 aprovados. Não é

sóa Polícia Civil que precisa dessa

nomeação, é a sociedade como um

todo", opinou a presidente da

Adepol.

Nesta semana, a juíza Daniela Duarte

concedeu liminar determinando que,

no prazo de 20 dias, o Estado do Rio

Grande do Norte designe para a

comarca de Caraúbas uma equipe de

polícia civil composta de delegado de

polícia, escrivão e agentes, para

atuação de forma exclusiva e

permanente, para exercer suas

atividades constitucionais de polícia

judiciária. A ação civil pública foi

ajuizada pelo Ministério Público

justamente porque o delegado

designado para a cidade de Caraúbas,

responde por outras 13 cidades. Além

disso, em Caraúbas, a delegacia não

possui escrivão e o número de

agentes da polícia civil é insuficiente.

De acordo com a Adepol/RN , em

virtude disso, muitos inquéritos de

crime de homicídios são arquivados

por não se conseguir determinar a

autoria por falta de equipe para uma

atividade investigativa eficiente.

Diagnóstico

Em novembro deste ano a Adepol/RN

divulgou um diagnóstico da estrutura

físicae pessoal da Polícia Civil do Rio

Grande do Norte. O estudo revelou

que em 30 municípios potiguares

inexiste a presença da polícia

judiciária em todos os aspectos e

ainda que há 124 municípios onde o

efetivo da Polícia Civil está incompleto.

Isso significa que há o prédio da

delegacia, mas ela não conta com

uma equipe suficiente de agentes,

escrivães ou delegado. Em 85 cidades

não há armas para os servidores da

polícia judiciária; 90 não têm viaturas

disponíveis para a instituição; e em 50

não existe sequer arma, viatura ou

efetivo, apenas um prédio ocupado

por policiais militares. "Infelizmente,

em boa parte dos municípios do

interior potiguar são os PMs que

fazem o nosso papel", afirmou a

presidente da Adepol.


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