PM suspeito de matar atleta de MMA é mais uma vez considerado incapaz

quarta-feira, 5 de março de 2014

Anderson BarbosaDo G1 RN

Lutador de MMA Luiz de França e o tenente da PM Iranildo Félix (Foto: Arquivo Pessoal e Heloísa Guimarães/ Inter TV Cabugi)

O tenente da Polícia Militar do Rio Grande do Norte Iranildo Félix – apontado como único suspeito de matar a tiros o professor e lutador de MMA Luiz de França Trindade, assassinado no último dia 10 na zona Sul de Natal – foi pela 9ª vez considerado incapaz de exercer suas atividades como policial. Com isso, ele teve prorrogada, por mais seis meses, a licença médica que o impede de portar arma de fogo. O oficial nega qualquer participação no crime.

Resultado da junta médica foi publicado no Boletim Geral da PM (Foto: Reprodução/G1)

O resultado da avaliação clínica foi publicado nesta última sexta-feira (dia 28 de fevereiro) no Boletim Geral da PM e atesta que o oficial “necessita de 181 dias de licença para tratamento de saúde a contar de 26 de fevereiro de 2014”. Com mais esta licença médica, o tenente Iranildo Félix soma agora 377 dias de afastamento.

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Segundo o comandante geral da PM, coronel Francisco Araújo Silva, uma junta composta por três médicos fez um novo exame no tenente Iranildo e entendeu que ele tem problemas de saúde. A avaliação aconteceu na quarta-feira passada (26 de fevereiro), “quando foi encerrada a licença médica de 80 dias concedida após a última avaliação”, acrescentou.

Pedido de proteção

Além do resultado deste novo exame, o comandante geral da PM revelou ao G1 que a junta médica também desconsiderou um atestado que o tenente Iranildo apresentou no qual ele alega estar apto para retornar ao trabalho e, consequentemente, voltar a portar arma de fogo.

O G1 teve acesso ao ofício assinado pela advogada Brenda Martins. Nele, a advogada pede um colete balístico tamanho M e proteção policial para o tenente. O ofício é de 12 de fevereiro, dois dias após a morte do lutador, e dia em que, segundo o próprio Iranildo, ele teria sido alvo de um atentado. O comandante geral recebeu o pedido, mas negou escolta e o colete.

No dia 20, quatro dias após a ex-mulher do tenente ter sido morta a tiros em um suposto atentado em Macaíba, ocasião em que o tenente levou um tiro no abdômen - escapando graças a um colete que estava usando - a defesa do oficial protocolou novo pedido de proteção para ele. Desta vez, o documento foi destinado à Secretaria Estadual da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed). O G1 também conseguiu cópia do ofício. Nele, a advogada reforçou a necessidade de proteção policial em razão do segundo atentado por ele sofrido e acrescentou ao pedido de escolta três coletes balísticos (um para o tenente, outro para a atual companheiro e o último para ele própria), mais uma arma de fogo e autorização extraordinária para portá-la.

“Também recebi esta solicitação e a encaminhei para que a Procuradoria de Justiça decida. E também vou enviar para a mesma Procuradoria o resultado desta nova junta médica”, acrescentou o coronel Araújo.

O resultado, ainda de acordo com o comandante, também está disponível à Polícia Civil e à Própria PM, que podem punir o tenente Iranildo por porte ilegal de arma de fogo, uma vez que ele estava armado com uma pistola quando foi vítima do segundo atentado. Em depoimento, o próprio tenente admite ter disparado várias vezes contra os supostos criminosos. A arma do oficial, uma pistola calibre 380, 44 munições e um colete à prova de balas foram aprendidos no dia do crime logo que o tenente deixou o hospital com hematomas na barriga.
Pedido de proteção policial encaminhado pela defesa do tenente ao Comando Geral da PM (Foto: Reprodução/G1)


Pedido de proteção, arma e coletes enviado pela defesa do tenente à Secretaria de Segurança Pública do RN (Foto: Reprodução/G1)

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