Juiz Solta Bando Preso com fuzis

quinta-feira, 27 de outubro de 2011


27/10/ 2011
A libertação dos cinco
acusados ocorreu
poucas horas após o
26º ataque a banco no Ceará, com a
explosão de um caixa
No mesmo dia em que foi registrado o
26º ataque a banco no Ceará, neste
ano, a Justiça surpreendeu as
autoridades da Segurança Pública,
ontem à tarde, com a ordem para a
Polícia soltar cinco dos oito membros
de uma quadrilha que havia sido
presa, há menos de duas semanas,
após arrombar um caixa eletrônico
em Quixadá.
O bando havia sido detido com um
arsenal que incluía armas de grosso
calibre como fuzis e
submetralhadoras, além de explosivos
e farta munição. A decisão judicial
ocorreu no fim da tarde de ontem. De
madrugada, outro grupo atacou um
banco, explodiu o caixa eletrônico e
atirou contra policiais militares na
cidade de Palmácia.
A ordem para libertar os assaltantes
foi anunciada, no fim da tarde, pelo
juiz titular da Vara Única de Mulungu e
que está respondendo pela Terceira
Vara de Quixadá, Rommel Moreira
Conrado. A pedido dos advogados de
defesa da quadrilha, ele concedeu
liberdade provisória para os
assaltantes David William Lázaro, o
´Deivinho ´ (apontado como chefe da
quadrilha baseada em Quixadá); João
Alves de Queiroz Neto, o ´Pitchu´ ,
tido como o braço armado do bando;
Henrique Aquiles de Castro Braga, que
seria o responsável pela manipulação
de explosivos; e Antônio Ricardo
Germano de Lima. Os cinco haviam
sido presos durante diligências das
polícias Civil e Militar em Quixadá após
o bando ter arrombado o caixa do
Banco do Brasil instalado na
Faculdade católica Rainha do Sertão,
na madrugada do último dia 18.
O juiz justificou a soltura dos
acusados alegando que eles "não
haviam sido detidos em flagrante
delito, não terem sido presos
imediatamente após o crime e que
não foi encontrada com os acusados
nenhuma prova alusiva ao crime".
Outro ataque
Já na madrugada de ontem, cerca de
dez bandidos sitiaram a cidade de
Palmácia (a 73Km de Fortaleza),
atiraram contra o destacamento da
PM e atacaram a agência do Bradesco,
explodindo o caixa eletrônico, e
levaram todo o dinheiro.
Artefatos
13 assaltos contra bancos no Interior
foram praticados com o uso de
explosivos. Em dois ataques contra
carros-fortes também ocorreram
explosões
FERNANDO RIBEIRO/ALEX
PIMENTEL
EDITOR DE POLÍCIA/COLABORADOR

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