Criminosos compram acesso a banco de dados de segurança pública do Brasil
quinta-feira, 14 de março de 2013
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Ministério da Justiça
Cracker vende acesso ao Infoseg pelo período de 30 dias por 2 mil reais. Criminosos tem como objetivo conseguir dados para fraudar documentos, placas de carros ou aplicar golpes.
Reportagem exibida pelo SBT afirma que existe um esquema de venda de senhas do maior banco de dados de Segurança Pública do Brasil, o Infoseg. A denúncia foi feita ao SBT Brasil por um hacker, que não teve o nome divulgado.
O sistema contém dados de milhões de cidadãos brasileiros, como informações sobre vigilância, mandados de prisão, armas de fogo e registros de veículo, e seu acesso é restrito a agentes nacionais de Segurança Pública, Justiça e Fiscalização.
Segundo a reportagem, um cracker da Bahia invadiu o sistema ao inserir as credenciais de um policial no portal do Ministério da Justiça. Com as credenciais preenchidas, o acesso ao Infoseg é liberado.
Os criminosos interessados no serviço devem pagar 2 mil reais para conseguir esses dados que garantem acesso ao Infoseg durante o período de 30 dias. Ainda de acordo com a reportagem, quem compra o serviço tem como objetivo conseguir dados para fraudar documentos, placas de carros ou aplicar golpes com as informações conseguidas com o sistema.
A reportagem do SBT Brasil comprou uma senha e recebeu os dados de login da soldado Luciana Marques, policial militar em Maceió (AL) - ela negou ter vendido suas informações. O hacker disse que, provavelmente, a PM não saiba do vazamento.
Os dados dos cidadãos são obtidos digitando o CPF da pessoa no sistema.
Em 2008 o SBT também relatou outro esquema de venda de senhas do Infoseg. À época, a polícia prendeu cerca de 50 envolvidos no esquema, em cinco estados. (IDGNOW)