Policiais militares de Pernambuco decidem encerrar a greve

sexta-feira, 16 de maio de 2014

"Paramos porque entendemos que a sociedade não pode
continuar sofrendo", diz Joel Maurino representante dos
policiais militares (Foto: Débora Soares/G1)

A comissão independente de policiais e bombeiros militares decidiu encerrar a greve da Polícia Militar, na noite desta quinta-feira (15). Eles se reuniram em frente à sede do Palácio do Campos das Princesas, sede do Executivo estadual, no Centro do Recife. A assembleia foi tumultuada e os líderes do movimento chegaram a ser vaiados por quem queria continuar com a paralisação. "Paramos porque entendemos que a sociedade pernambucana não pode continuar sofrendo", disse Joel Maurino, representante dos policiais. O governo de Pernambuco ainda não se pronunciou sobre o fim da paralisação.

A orientação do comando de greve é que a tropa volte às ruas ainda esta noite. Segundo os líderes do movimento, três itens foram acordado com o governo: a reestruturação do Hospital da PM, implantação da gratificação por risco de vida no salário-base e a aprovação, até julho, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), de promoções para os praças. As outras reivindicações, listadas em documento com 18 itens, só voltam a ser discutidas em janeiro de 2015, conforme o comando de greve.

A categoria, que iniciou o movimento na noite de terça (13), também cobrava aumento de 30% a 50%, dependendo da patente. No entanto, recuou da exigência. Durante a tarde, o secretário da Casa Civil, Luciano Vasquez, afirmou que o canal de diálogo havia sido fechado após a paralisação ter sido decretada ilegal pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).


Comando de greve da PM decidiu encerrar movimento em assembleia no Recife 

Durante o movimento, saques, depredações e outros crimes foram registrados em cidades do Grande Recife e no interior do estado. O comércio fechou as portas em várias localidades e as aulas foram suspensas em universidades e escolas públicas e particulares. O clima de insegurança deixou ruas desertas e o trânsito livre nos principais corredores da capital pernambucana. Empresas suspenderam o expediente mais cedo e liberaram funcionários. A Prefeitura e a Câmara de Toritama, no Agreste do estado, foram depredadas e tiveram mobiliário queimado.

Nesta quinta, o estado começou a receber agentes da Força Nacional de Segurança Pública e militares do Exército para substituir os PMs grevistas. No mesmo horário em que a categoria realizava assembleia para decidir sobre o fim do movimento, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse em entrevista coletiva que poderia convocar a Marinha e a Aeronáutica, se fosse preciso, para patrulhar o estado.

Prisões

A Polícia Civil de Pernambuco informou, em coletiva esta noite, que 234 pessoas foram detidas no estado suspeitas de furtos, roubos, porte ilegal de arma de fogo, dano qualificado, perturbação do sossego, entre outros crimes. As prisões foram realizadas nas últimas 24 horas e 102 pessoas foram autuadas em flagrante.
Tropas do Exército de vários estados do Brasil e da Força Nacional estão em solo pernambucano realizando a patrulha nas ruas, desde a madrugada. Agentes da Polícia Civil também reforçaram o policiamento ostensivo, com apoio de agentes de unidades especializadas, da Companhia Independente de Operações na Área de Caatinga (Ciosac) - que é ligada à PM, mas não aderiu ao movimento, além de patrulheiros da Polícia Rodoviária Federal.

Em coletiva realizada na sede da Secretaria Estadual de Planejamento, no Centro do Recife, o chefe da Polícia Civil, delegado Osvaldo Morais, ainda disse que foram registrados 27 homicídios no estado, entre a última terça (13) e esta quinta (15).

FONTE - G1 via Pec300.com

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