Bombom de licor provoca teor de embriaguez em teste feito em Natal
Durante a simulação, uma voluntária comeu bombom com licor de cereja e poucos minutos depois foi submetida ao teste do bafômetro. O resultado surpreendeu: teor de 0,39 miligrama de álcool por litro de ar. Com a nova recomendação, o limite tolerável pela legislação brasileira foi reduzida de 0,1 para 0,05 miligrama de álcool por litro de ar.
(Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
Voluntária comeu bombom recheado com licor
(Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
"Como a quantidade de álcool contida em um bombom é muito pequena,
daqui a pouco o bafômetro não acusaria esse teor. O condutor pode pedir
para lavar a boca e esperar algum tempo, caso ele tenha acabado de comer
o chocolate com bebida alcoólica", explicou o superintendente
substituto da da Polícia Rodoviária Federal, Marcelo Montengro.(Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
Segundo Montenegro, o mesmo pode acontecer com o enxaguante bucal. "Imediatamente depois de fazer o enxague com o produto que contém álcool, é possível que acuse positivo. Mas, alguns minutos depois, já não acusa", afirmou. Para confirmar, o teste foi realizado cerca de 20 minutos depois de o voluntário ter usado o anticéptico bucal. O resultado deu negativo, pois o aparelho não identificou a presença de álcool.
Um garrafa de cerveja long neck, com 355 ml, provocou teor positivo de embriaguez. Vinte minutos após bebê-la, outro voluntário da reportagem realizou o teste. Este acusou o teor de 0,15 miligrama de álcool por litro de ar, metade do que gerou o consumo de um bombom de licor.
"A diferença é que a cerveja vai demora a sair do organismo. Já o bombom, é apenas a concentração que ficou na boca após comer, e que em poucos minutos desaparece", defendeu o inspetor da PRF.
Lei Seca
A Lei Seca está mais rígida desde dezembro do ano passado, mas somente na última terça-feira (29) o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) detalhou as novas regras. Foi reduzido o limite de álcool para o motorista ser multado por meio do teste do bafômetro: de 0,1 para 0,05 miligrama de álcool por litro de ar.
E a opinião do agente de trânsito ganhou mais peso: agora tem valor de prova em um eventual processo criminal envolvendo embriaguez ao volante. No exame de sangue, o motorista será multado por qualquer concentração de álcool e pode ser preso se tiver mais que seis decigramas de álcool por litro de sangue.
A multa é de R$ 1.915,40 e o condutor ainda perde o direito de dirigir por um ano.