EXCLUSIVO: Polícia Civil deflagra Operação Vila Nova, em Pedro Velho RN e oito são presos
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
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o Blog AJMaximus teve acesso exclusivo ao relatório da Polícia Civil da ``Operação Vila Nova´´ que cuminou na prisão de oito pessoas em Natal e em Pedro Velho.
RELATÓRIO
DE INVESTIGAÇÃO POLICIAL DA OPERAÇÃO “VILA NOVA”
Com o intuito de desvendar
o crime de homicídio ocorrido em 28 de dezembro de 2012 na cidade de Pedro
Velho/RN, que teve como vítima GIAN
PEDRO DA SILVA (menor) , foi dado início à operação “VILA NOVA” .
GIAN foi detido no dia 27 de
dezembro de 2012, juntamente com o traficante WALTER RIBEIRO DOS SANTOS. No decorrer do procedimento, foi
constatado pela autoridade policial que GIAN
era depende químico. Por tal motivo, ele foi ouvido e, logo após a oitiva,
liberado, enquanto WALTER foi
autuado em flagrante pelo tráfico de drogas. Um dia após a prisão de WALTER, dois rapazes em uma moto
mataram GIAN na praça central desta
cidade, motivo pelo qual a polícia acredita que o fizeram em represália à
prisão de WALTER, pois o comentário
na cidade era de que GIAN teria
“cabuetado” o traficante à polícia.
Após o início das investigações
por 9 meses se constatou que a droga apreendida em poder de WALTER pertencia ao traficante preso na
Penitenciária de Alcaçuz SEVERINO RAMOS
SILVA, vulgo “Moleque”, e que
era repassada a WALTER pelo menor D. L.
L. M.. Após “MOLEQUE” tomar
conhecimento da prisão de WALTER e
de que a polícia poderia ter tido ajuda de GIAN,
ele mandou executar a vítima em plena praça pública, para servir de exemplo
para outros possíveis colaboradores da polícia.
Apesar da prisão de
um dos seus principais traficantes, “Moleque”
não parou de vender droga nesta cidade, tendo o menor, já apreendido duas vezes por crime análogo ao tráfico de
drogas, assumido as vendas do “Crack”. No decorrer da operação, pôde-se
constatar que o menor está envolvido
diretamente no homicídio de GIAN, pois
foi observado que ele, quando conversa com “Moleque”, sempre se refere à morte de GIAN, declarando que, se alguém entregá-lo, ele já sabe o que fazer
e que, após a morte de GIAN, ele
estava de posse de um revólver adquirido na cidade de Nova Cruz por meio de JOSÉ ROQUE SOARES, vulgo “ROQUE”, braço direito de JOSÉ FRANCISCO XAVIER NETO, vulgo “Xavier”, detento da Penitenciária de
Alcaçuz. Durante as investigações, foi constatado que “Moleque” também compra drogas a “Xavier” de dentro de alcaçuz.
Durante as
investigações, verificou-se que o menor passou
um revólver que estava em sua posse para CLEA MARIA, presa na operação, possivelmente o que foi utilizado no crime, e
que essa arma já foi vendida ao traficante também preso em Alcaçuz JACKSON GOMES DE LIMA. Foi constatado ainda
que “Moleque” também compra drogas a
“Jackson”, cuja companheira LETÍCIA GOMES MENDES, presa na
operação, é quem faz todo o trabalho de compra e venda da droga.
O principal contato de Moleque para a
venda de drogas era sua meia-irmã CLÉA
MARIA THOMAZ, que, à época do crime, além de manter um relacionamento
amoroso com WALTER e deu apoio
logístico no dia do homicídio.
Apurou-se também que,
além de “JACKSON” e “XAVIER”, “Moleque” também adquire a
droga do presidiário FRANCISCO CANINDÉ
DE SOUZA SILVA, vulgo “JUNIOR DO
MORRO”. Todo o contato de JUNIOR DO MORRO é feito dentro do presídio e a
droga fica em poder de JANEÍLMA MALVARIA
DA SILVA E SOUZA, presa na operação, de Mãe Luiza.
Esse
grupo é bastante organizado e perigoso, seus integrantes sempre comentam que “OS SEUS INIMIGOS TÊM QUE MORRER”, referindo-se
até um possível cacimbão para colocar as “almas
sebosas”, prováveis
delatores.
Foi constatado, durante
esse período de investigação, que MOLEQUE,
JUNIOR DO MORRO, XAVIER E JACKSON fazem parte de uma organização criminosa
que aterroriza as grandes capitais, o PCC
(Primeiro Comando da Capital) e
Alquaeda, facção criada dentro dos presídios de São Paulo e Paraiba.
Apesar de todas as
dificuldades encontradas no decorrer das investigações - tendo em vista que a
delegacia não dispõe de nenhum veículo descaracterizado, nenhuma filmadora - a
greve da categoria, do pequeno efetivo, esta DP vem mostrar que o nome da
instituição Policia Civil deve ser colocada em primeiro lugar em se tratando de
investigação neste estado e colocar atrás das grades essa corja de criminosos,
que vêm destruindo a vida de muitas famílias deste pequeno, e até pouco tempo,
pacato município.