Fim de semana registra 7 arrombamentos de casas em praia do litoral sul
De Paulo de Sousa para o Diário de Natal
Com o verão chegando, uma preocupação cerca a população da Praia de Cotovelo, em Parnamirim, litoral Sul do Rio Grande do Norte: casas arrombadas e assaltos. E o posto policial que, na opinião dos moradores locais, poderia ajudar no combate a criminalidade, encontra-se fechado. Um desses moradores vai mais além e denuncia: os policiais estão trabalhando de vigilantes fardados em um posto de combustíveis. O tenente-coronel PM Jair Júnior, comandante do 3º Batalhão PM de Parnamirim, promete reforço na área e diz desconhecer a existência de PMs trabalhando para terceiros em horário de serviço.]
Um funcionário público de 38 anos, que prefere não ter a identidade revelada, conta que sete casas foram arrombadas por criminosos somente no último final de semana. "E quando fomos ao posto policial pedir apoio, ele estava fechado". Ainda segundo ele, o posto chega a abrir durante a luz do dia, mas à noite os policiais fecham as portas. "E já flagrei alguns deles trabalhando fardados como vigilantes num posto de gasolina aqui perto. Eles deviam fazer a nossa segurança, mas se restringem ao posto". Outra reclamação do servidor é que a viatura Pium/Cotovelo, que deveria circular na área, teria sido deslocada para o policiamento na praia vizinha de Pirangi. "E o que a gente fica temendo é a chegada do veraneio e aqui começar a ter vários assaltos".
O caseiro José Wilson de Oliveira também reclama dos constantes arrombamentos que ocorrem no local. Segundo ele, ainda no final de semana a população encontrou os suspeitos de cometerem tais crimes. "Chamamos a polícia e eles levaram os marginais. Só que no outro dia eu os encontrei circulando por aqui novamente e passaram rindo da minha cara. Assim a gente acaba não confiando mais na Polícia".
O comandante Jair Júnior considera que "o posto policial aberto não vai impedir que os arrombamentos ocorram, nem mesmo o policiamento ostensivo. O que se pode fazer é intensificar o patrulhamento e trabalhar com a Polícia Civil e a inteligência da PMpara, juntamente com a população, identificar os culpados". O tenente-coronel alega que depende da disponibilidade do efetivo para colocar o posto policial em funcionamento. "Às vezes um policial fica doente e não posso deslocar alguém de uma viatura para ficar parado lá".
Quanto às denúncias de PMs trabalhando para particulares em serviço, Jair Júnior afirma que não é de seu conhecimento. "A pessoa que viu isso deve formalizar a denúncia. Eu, por minha parte, vou apurar e garanto que, se tiver acontecendo, tomarei as medidas necessárias internamente". O comandante do 3º BPM ainda garantiu o reforço no policiamento da área.