Grupo de manifestantes invade Congresso Nacional e tenta subir em cúpulas
segunda-feira, 17 de junho de 2013
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Um grupo de manifestantes invadiu a cúpula do Congresso Nacional. A tropa de choque tentou impedir o acesso, mas cerca de 300 pessoas conseguiram entrar. Num primeiro momento, eles tentaram entrar pela lateral do prédio, mas PMs evitaram. Quase simultaneamente, outras pessoas conseguiram driblar a segurança e subir no teto da Casa Legislativa. Eles cantam o hino nacional e gritam palavras de ordem. Um dos alvos é o deputado Marco Feliciano (PSC/SP). O Comando da PM mobilizou homens de diversos batalhões do Distrito Federal para reforçar o cerco aos integrantes do protesto. Após negociação, manifestantes começaram a deixar a plataforma, por volta de 19h50, pela rampa.
Manifestantes chegam ao Congresso e um grupo invade o espelho d'água
Aproximadamente 5 mil pessoas se reúnem nesta segunda-feira (17/6) em Brasília para a chamada "Marcha do Vinagre" - o nome faz referência à substância usada pelos jovens para neutralizar os efeitos do gás lacrimogêneo. Os manifestantes já chegaram ao Congresso e um grupo invadiu o espelho d'água. Três integrantes do movimento conseguiram furar o bloqueio armado e subir a rampa do Congresso Nacional.
Os PMs usaram spray de pimenta para impedir a progressão do trio. Eles foram retirados à força, carregados. O protesto, que começou pacífico, começa a ganhar contornos de guerra. Há cerca de 30 minutos, soldados da tropa de choque lançaram bombas de gás lacrimogênio para dispersar os manifestantes. Um adolescente foi apreendido. Ainda não se sabe por quais motivos.
O Congresso foi cercado pela tropa de choque e a cavalaria da PM. Outros manifestantes gritam que vão invadir o Congresso. Welinton Fontinele, um dos líderes da manifestação, informou que os grupos que tentam invadir o prédio estão sendo procurados. Segundo Fontinele, os líderes do protesto querem convencer os jovens mais exaltados a desistir dessa ideia para que não se sujem a imagem da "Marcha do Viniagre", que pretende ser pacífica.
Punks e partidos
Apesar das orientações da PM para não ultrapassar duas das seis faixas do Eixo Monumental permitidas para o protesto e a não atrapalhar o trânsito, mais cedo, um grupo de punks invadiu todas as faixas do Eixo Monumental. Eles rodearam uma viatura da PM. Os líderes da "Marcha do Vinagre" tentaram conter o grupo e pediram que eles liberem as pistas ocupadas, mas os punks acabaram fechando as pistas e, agora há pouco, os integrantes da manifestação invadiram todas todas as faixas do Eixo Monumental.
Antes dos manifestantes chegarem ao Congresso, policiais fizeram um cordão de isolamento e empurraram os manifestantes para que eles voltassem às duas faixas. A Polícia Militar soltou bombas de gás lacrimogêneo para conter uma confusão entre os manifestantes e o grupo do Patido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU). Integrantes do PSTU foram retirados do protesto.
Influenciados por um onda de manifestações que começou na semana passada em São Paulo, os participantes são contrários à violência da polícia nas manifestações ocorridas em todo o Brasil. Declaram também apoio à Marcha da Corrupção. Cerca de 16 mil pessoas confirmaram presença no evento criado no Facebook.
Os participantes são contrários à violência da polícia nas manifestações ocorridas em todo o Brasil
Confusão na concentração
A Polícia Militar identificou seis pessoas riscando carros que estavam próximos ao museu. "Nós optamos por esperar a manifestação começar. Acreditamos que esses índividuos podem não estar relacionados ao grupo de manifestantes e consideramos que prender pessoas em meio à concentração poderia acirrar os ânimos. Nossa vontade é que tudo ocorra com a maior tranquilidade possível", disse Gouveia.
Manifestantes se concentraram próximo ao Museu da República
Reivinidicações
Os manifestantes também pedem investimento no transporte público, na saúde e na educação, a não aprovação da PEC/37 e da PL 728/2011, investigação das obras do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal e do Ministério Público e a luta contra a remoção das famílias das áreas de interesse econômico em nome da Copa das Confederações e do Mundo.