Sargento da PM teria vendido arma usada para matar advogado Antônio Carlos

sábado, 22 de junho de 2013


Advogado Antônio Carlos foi executado em um bar.
Por Thyago Macedo do portalbo
Foto: Thyago Macedo


O sargento PM Antônio Carlos Ferreira Lima, preso nesta sexta-feira por suspeita de envolvimento na morte do advogado Antônio Carlos de Souza Oliveira, teria sido o responsável por vender a arma usada pelo assassino. De acordo com a polícia, o revólver calibre 38 foi repassado por ele para Expedito José dos Santos, o Irmão Sérgio, apontado como mandante.

O delegado Raimundo Rolim de Albuquerque Filho, que integra a comissão especial que investiga o crime, destacou que essa informação teriam sido repassadas para a polícia em outros depoimentos dos demais envolvidos.

Além disso, os depoimentos indicaram que o sargento Carlos teria tido uma participação mais no crime, tendo em vista que também teria feito um levantamento dos três locais mais frequentados pelo advogado Antônio Carlos, incluindo o Bino’s Bar, onde a vítima foi assassinada no dia 9 de maio.

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A polícia investiga ainda se o policial militar teria feito a intermediação entre Expedito José, possível mandante, e Lucas Daniel André da Silva, o Lukinha, assassino confesso do advogado. Ainda de acordo com o delegado Raimundo Rolim, a prisão do sargento Carlos, nesta sexta-feira, encerra as buscas pelos envolvidos no crime, tendo em vista que ele era considerado o último dos participantes no homicídio.

“Com os últimos depoimentos e prisões, nós definimos o final da fase embrionária, passando agora para a 2ª fase do inquérito, isto é, análise criminal de provas técnicas de caráter sigiloso, avaliação de laudos periciais de caráter complementar, requisição de reprodução simulada dos fatos, requisição de perícia complementar em local de Crime, entre outras providências”, destacou Raimundo Rolim, que trabalha em conjunto com os delegados Roberto Andrade e Karla Viviane.

Histórico

O advogado Antônio Carlos foi assassinado na noite de 9 de maio, após Expedito José ter ido até a casa de Lucas Daniel e estabelecido a participação de cada um no crime. O próprio Expedito teria dirigido o Doblô usado para levar o grupo, também composto pelo Irmão Marcos, até o Bino’s Bar.
Lá, Lukinha teria usado o revólver calibre 38 vendido pelo sargento Carlos, uma calça, camisa de cor preta e uma balaclava que teriam sido repassadas por Expedito. Eles esperaram o momento em que o advogado foi ao banheiro e, então, Lukinha desceu, seguiu e atirou em Antônio Carlos, por volta das 20h30

Em 12 de maio, Expedito e a esposa, Francine Andrade, teriam incendiado o Doblô, em Jaguaribe, no Ceará. Os dois foram presos no dia 28 de maio. No dia 5 de junho, a polícia prendeu Lucas Daniel, no Barro Vermelho, em Natal. Ele confessou ter sido o executor e deu todos os detalhes da trama.

No dia 9 de junho, Marcos Antônio Melo Pontes, mais conhecido como “Irmão Marcos”, foi preso na cidade Ipanema, em Minas Gerais. Já nesta sexta-feira, o sargento Carlos se apresentou à polícia e ficou preso por força de um mandado de prisão.

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