Bebidas e cigarros apontam festa antes de morte de jovem em Natal
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
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Igor Jácome Do G1 RN
Corpo de Marília Xavier, de 24 anos, foi encontrado dentro de um casa em Ponta Negra, em Natal (Foto: Divulgação/Polícia Civil do RN e Igor Jácome/G1)
Garrafas de bebidas e muitos cigarros foram encontrados dentro da casa onde o corpo de uma jovem de 24 anos foi achado na madrugada desta sexta-feira (16) em Natal. São evidências, segundo o delegado Natanión de Freitas, de que houve uma festa antes do crime. A jovem ainda não foi identificada oficialmente, mas amigos e vizinhos informaram que seu nome é Marília Amácia Xavier e que ela é natural de Alto do Rodrigues, município da região Oeste potiguar. O delegado também descarta suicídio. Para ele, houve um latrocínio – roubo seguido de morte. A residência, que fica no bairro de Ponta Negra, na zona Sul da capital, pertende a um holandês de 75 anos que está fora do país.
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O corpo da jovem foi encontrado em avançado estado de decomposição no quarto de casal. Ao G1, o delegado ressaltou que os peritos do Itep confirmaram que ela apresentava várias lesões nas mãos e nos braços. "As gavetas estavam reviradas, como se a pessoa que matou a jovem procurasse alguma coisa”, acrescentou Natanión. Além disso, de acordo com ele, todas as portas da casa estavam abertas e a campainha foi quebrada.
A caseira Soneide Gomes, de 32 anos, trabalha numa residência vizinha e contou que cuidou da casa do holandês por dois anos. "Nós ainda temos contato com ele. Foi meu marido quem contou sobre o crime”, disse ela. “Ela trazia amigos, bebia, fumava, mas sem fazer muito barulho, sem incomodar a vizinhança", acrescentou.
Polícia encontrou bebidas e cigarros em casa onde
jovem foi encontrada morta (Foto: Igor Jácome/G1)
Ainda de acordo com Soneide, um taxista amigo da vítima sentiu a falta da jovem e levou a Polícia Militar ao local. "Eles chegaram aqui já de madrugada e pediram uma escada. Entraram pela janela da sala [localizada no primeiro andar do imóvel] e encontraram o corpo no quarto, já em decomposição bem avançada. Ele disse que estava procurando ela há dez dias por telefone e redes sociais, mas ela não retornava as mensagens", acrescentou.
O delegado também revelou que a jovem conhecia o estrangeiro desde a adolescência. "Ele conhecia a moça há bastante tempo. Desde quando ela tinha uns 15 anos. Eles ficaram separados por um bom tempo e retomaram o relacionamento há alguns meses", afirmou. Os vizinhos perceberam uma lâmpada acesa durante alguns dias.
O caso será encaminhado à Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam).