Vigia é condenado a 18 anos e oito meses de prisão por participação na morte de Mércia Nakashima
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
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Postado por V&C Artigos e Notícias
A juíza Maria Gabriela Riscali Tojeira leu a sentença por volta das 19h45
O vigia Evandro Bezerra Silva foi condenado na noite desta quarta-feira (31) a 18 anos e oito meses de prisão, em regime inicial fechado, por participação na morte da advogada Mércia Nakashima, ocorrida em maio de 2010. A juíza Maria Gabriela Riscali Tojeira leu a sentença por volta das 19h45 no Fórum de Guarulhos, na Grande São Paulo, após três dias de julgamento. A defesa de Evandro disse que já recorreu da decisão
Evandro foi a julgamento acusado de ajudar o policial militar reformado Mizael Bispo de Souza, que era ex-namorado da vítima, no assassinato de Mércia. Mizael foi condenado a pena de 20 anos em julgamento ocorrido em março deste ano. Segundo as investigações, o vigia e o ex-PM falaram 19 vezes por celular no dia 23 de maio de 2010, data apontada pela polícia como a do crime.
Na sentença, a juíza diz que Evandro "aderiu ao propósito criminoso de seu comparsa, já julgado e condenado, evidenciando com tal postura absoluta frieza e insensibilidade com a vida humana". Ele foi condenado por homicídio doloso com duas qualificadoras: meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
O promotor Rodrigo Merli diz que a pena "foi adequada". "Esperava algo em torno de 18 anos. Em termos de pena não dava para exigir mais do que isso", afirmou após o júri. "Consideramos agora o trabalho em relação a esse caso cumprido, pelo menos em primeira instância, dando um alento para a familia, o que é mais importante."
O advogado de defesa disse que recorreu da sentença. "A prova cabal não está nos autos. Quatro pessoas viram a Mércia e o Mizael no dia 26 [de maio de 2010]. Vamos apelar porque entendemos que essa prova é fundamental para a defesa. Seriam mais quatro testemunhas", disse Aryldo de Paula. "A decisão é descabida e injusta. Evandro é inocente", completou
Vigia nega crime
Durante o julgamento, o vigia negou qualquer envolvimento na morte de Mércia. Ele disse que apenas deu uma carona a Mizael. "Eu sei que não derramei esse sangue. Eu tenho toda certeza", disse. "Sou inocente, não ajudei Mizael a cometer esse crime. Jamais faria isso por ninguém. Eu não tinha conhecimento”, declarou
G1