Brasil é o 7º lugar mais perigoso para jornalistas, diz relatório
Daniel Favero
Um relatório elaborado pelo
Internacional News Safety Institute
(Insi), divulgado nesta semana,
colocou o Brasil como o sétimo
lugar mais perigoso para jornalistas
no mundo.
De acordo com o levantamento feito
pela entidade, no ano passado,
foram contabilizadas cinco mortes
de profissionais da imprensa no
País. Outros 124 jornalistas
morreram durante o ano, em 40
países.
Em primeiro lugar aparecem
Paquistão, México e Iraque, todos
com 11 mortes, seguidos pela Líbia
(10), Honduras (8) e Iêmen (7). O
Brasil figura atrás das Filipinas (6) ,
ao lado da Índia (5), e na frente da
Somália (4) .
Outro levantamento feito pela
Sociedade Interamericana de
Imprensa colocou o Brasil como o
terceiro lugar mais perigoso para
profissionais da comunicação
trabalharem na América Latina. No
entanto, eles não contabilizam a
morte do cinegrafista da rede
Bandeirantes Gelson Domingos, que
morreu com um tiro de fuzil
durante a cobertura de uma
operação da Polícia Militar do Rio de
Janeiro em novembro do ano
passado.
A Primavera Árabe, nome dado aos
movimentos populares que
combateram os governos de países
como Egito, Líbia, Iêmen, Bahrem e
Tunísia foram apontados como a
principal causa para o número de
mortes de jornalistas em 2011, um
dos maiores índices já registrados.
Em 2010, foram 97 mortes.
No entanto, o ano mais fatal para os
profissionais da imprensa foi o de
2009, quando 133 morreram,
incluindo um massacre de 32
jornalistas nas Filipinas.