Homem é condenado à pena demorte por criar site
Da redação do
DIARIODENATAL.COM .BR, com
informações do UOL
A Suprema Corte do Irã sentenciou à
morte para um cidadão do país
residente no Canadá há quatro anos,
acusado de criar um site que permitia
o compartilhamento de conteúdo
pornográfico. A pena havia sido
anulada em 2011, mas foi
restabelecida neste mês. Até uma
página no Facebook foi criada para
apoiar a campanha de libertação de
Malekepour.As informações são da
“AFP” .
Malekepour tem 36 anos e é
desenvolvedor de programas para
computador. Em dezembro de 2010,
ele foi considerado culpado por
desenhar e moderar sites de
conteúdo adulto, agitação contra o
governo e insulto a santidade do Islã
e recebeu a pena de morte. A pena
foi anulada em junho de 2011 a
pedido do governo do Canadá. Ao
visitar o Irã em 2008, para se
encontrar com o pai à beira da morte,
Malekepour foi preso.
A informação foi passada a Shadi
Sadr, advogado do grupo “Justiça
para o Irã”, pela irmã do
condenado.“Conversei com a irmã
dele dois dias atrás e ela disse que a
pena foi confirmada por uma das
divisões da Suprema Corte. Ele pode
ser executado a qualquer momento a
partir de agora”, explicou. Ao
contrário do que alega o governo do
país, a defesa do iraniano afirma que
ele criado um serviço de
compartilhamento de fotos na
internet. Sem o seu conhecimento, o
site era utilizado para a difusão de
conteúdo pornográfico.
Ann Harrison, representante da
Anistia Internacional, frisa que a
decisão da Suprema Corte é uma
demonstração da repressão do Irã a
blogueiros e usuários de internet.“Ao
confirmar a sentença à morte de
Saeed Malekpour depois de um
julgamento injusto, as autoridades
iranianas estão mandando uma
mensagem aos cidadãos do país que
eles não podem se expressar
livremente, ou ajudar outros a
fazerem isso, inclusive na internet.”