Fiscalização da Lei Seca é intensificada em pontos estratégicos de Natal
De Paulo de Sousa para o Diário de Natal
O motorista que dirigiu sob efeito de álcool durante a madrugada de ontem em Natal correu o sério risco de ser flagrado por diversas blitzens espalhadas pela cidade, promovidas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), pelo Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE) e a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob). Ao todo, 19 pessoas foram detidas por embriaguez ao volante durante a operação, que deve se repetir durante todo o verão.
As barreiras policiais foram montadas a partir das 23h da quinta-feira na BR 101 na parte Sul e também na Norte, na Avenida Engenheiro Roberto Freire e na Av. Prudente de Morais. As duas primeiras pela PRF, a terceira pelo CPRE e a quarta pela Semob. Foram realizados 693 testes de bafômetros, tendo 80 com resultados positivos e 19 prisões por embriaguez. O inspetor Everaldo Morais, chefe do núcleo de comunicação da PRF, diz que o objetivo da operação foi o de fechar o cerco aos condutores que insistem em dirigir sob efeito do álcool.
Ainda segundo Morais, ações semelhantes a essas, em conjunto com o CPRE e a Semob, devem acontecer durante toda a época de veraneio e carnaval. "Já estamos planejando outras barreiras como essas e até o final do ano teremos mais quatro ações e outras ocorrerão ao longo de janeiro". O comandante do policiamento rodoviário estadual, o coronel PM Francisco Canindé Freitas, acrescenta que tais operações serão feitas semanalmente para coibir a prática de embriaguez ao volante.
O coronel Freitas ressalta que, apesar de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) tomada em 27 de setembro deste ano ter entendido que embriaguez ao volante como crime, a Lei Seca ainda não foi alterada. Por isso, as pessoas flagradas no valor de alcoolemia no sangue entre 0,11 e 0,30 sofrerão apenas as sanções administrativas, como a apreensão e suspensão da carteira de habilitação e recolhimento do veículo.
O comandante do CPRE comenta que o teste de bafômetro não é punitivo, mas sim uma forma de defesa do condutor. "Se você não está sob efeito de álcool, o exame é uma prova que você terá em sua defesa. No entanto, se você se recusar, poderá ter de passar por um auto de constatação e ter sua carteira recolhida".