Delegado alerta sobre golpes de empréstimos contra idosos na Região Oeste
Da redação do DIARIODENATAL.COM .BR
A Polícia Civil faz um alerta à população sobre um
golpe em que empréstimos são feitos sem
autorização em nome de aposentados no
município. A prática está se tornando freqüente e
tem gerado prejuízos para várias famílias. O
Delegado Renato da Silva Oliveira está
investigando crimes financeiros e de maus tratos
contra idosos nos municípios de Apodi, Felipe
Guerra, Itaú, Rodolfo Fernandes e Severiano Melo,
todos pertencentes à Comarca de Apodi no Médio
Oeste. O motivo são as constantes denúncias de
empréstimos em financeiras, sem autorização do
aposentado, maus tratos praticados por familiares
e pessoas próximas aos idosos, que chegam à
Delegacia de Polícia Civil de Apodi.
O delegado Renato Oliveira recomenda também
aos aposentados que estejam sendo lesados ou
mau tratados pelos familiares a fazer um boletim
de ocorrência na Delegacia de Apodi, para que
haja investigação criminal “Só forneçam dados
pessoais para pessoas de total confiança”, alerta o
delegado, que coloca os telefones (84) 3333–2737
e o 190 para a população denunciar abusos
contra idosos.
Tramita na Câmara dos Deputados um Projeto de
Lei que obrigará aos aposentados e pensionistas
do INSS a ter que pedir autorização da família
para contratar empréstimo consignado - com
parcelas debitadas automaticamente no
contracheque. Se for aprovada na Casa, a matéria
polêmica vai alterar a lei que autoriza o desconto
de prestações em folha de pagamento (Lei
10.820 /03). Os idosos precisam avaliar melhor a
necessidade de se contratar empréstimos
consignados.
Para autorizar a operação, o familiar do segurado
do INSS deve ter menos de 60 anos e possuir
relação de parentesco em linha reta (avô, pai, filho
ou neto), colateral (irmã, tio e primo) ou por
afinidade (cônjuge e companheiro) com o
beneficiário. Na falta deste familiar que preencha
as condições, a autorização poderá ser feita por
autoridade pública.
ESTATUTO DO IDOSO - desde que o Estatuto do
Idoso entrou em vigor, definindo direitos e
estipulando deveres para melhorar a vida dos
brasileiros de mais de 60 anos, esperava- se que
haveria drástica redução dos casos de negligência
em relação aos idosos, tanto no campo familiar
como no institucional. No entanto, cenas de maus-
tratos, instalações fora dos padrões sanitários,
pessoal despreparado e atos de violência física
flagrados em blitz realizadas em casas de repouso
e asilos continuaram chocando o país.