Presos no RN suspeitos de matar PM que atuava em grupo de extermínio
sexta-feira, 26 de abril de 2013
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G1RN
Agentes da Delegacia Regional de São Paulo do Potengi, distante pouco mais de 70 quilômetros da capital potiguar, prenderam no início da manhã desta quinta-feira (25) dois homens suspeitos de envolvimento na morte do policial militar Sandro Richele de Araújo, assassinado em outubro de 2012. O PM, segundo o próprio comando da corporação, fazia parte de um grupo de extermínio.
Segundo o agente da Polícia Civil Gustavo Henrique, as prisões aconteceram simultaneamente no município de Parnamirim, na Grande Natal. Ainda de acordo com o agente, os mandados foram expedidos há duas semanas. “Um dos suspeitos executou o soldado da PM. O outro ajudou a encontrar a vítima. Havia ligações deles pouco tempo antes do crime”, revelou.
Entenda o caso
O soldado da Polícia Militar Sandro Richele de Araújo foi assassinado no dia 31 de outubro de 2012 no município de São Paulo do Potengi, distante pouco mais de 70 quilômetros de Natal. O comandante do Policiamento do Interior, coronel Francisco Reinaldo, contou ao G1 que homens armados se aproximaram num carro preto, em frente à Câmara de Vereadores do município, e efetuaram mais de dez tiros contra o PM, que morreu na hora. Houve perseguição e troca de tiros com a guarnição da cidade, mas os suspeitos escaparam.
Ainda segundo o comandante, o soldado Richele, como era chamado dentro da corporação, foi preso em 2010 sob a acusação de participar de um grupo de extermínio que agia na região metropolitana da capital. “Ele foi condenado. Só não foi expulso e não estava na cadeia porque deu entrada na junta médica”, afirmou o oficial, confirmando que o policial tinha envolvimento com várias execuções, roubo e contrabando de armas e munições.
Na ocasião da prisão do policial, ocorrida em 10 de junho de 2010, duas ações foram realizadas simultaneamente: 'Operação Laduna’ (que significa gol em dialeto zulu) e 'Operação Jabulani' (nome oficial da bola utilizada na Copa do Mundo que se realizou naquele ano na África do Sul. Ao todo, doze pessoas foram detidas por força de mandados de prisão, incluindo Richele outros três policiais militares.
No dia 1º de novembro um homem suspeito de ser comparsa de Richele foi preso. Na casa do PM, inclusive, foi cumprido um mandado de busca e apreensão. Na residência foram apreendidas 90 munições hollow point calibre 38 pintada com esmalte nas pontas, celulares roubados, carimbos e atestados médicos, medicamentos roubados de uma farmácia, duas carteiras da Polícia Militar, além de capuzes, um casaco preto, uma peruca e moto utilizados durante os assaltos realizados. O homem preso confessou participação nos crimes e teve a prisão decretada.