Retirada da caveira como símbolo do Bope da Paraíba gera crise na PM

quinta-feira, 4 de abril de 2013



A decisão da Polícia Militar da Paraíba de retirar a caveira do emblema do Bope (Batalhão de Operações Especiais), em 22 de março, provocou uma crise na corporação, polêmica e reações de oficiais superiores.
No fim de março, nove entidades de direitos humanos protocolaram pedido de proibição do uso do símbolo ao governador do Estado, Ricardo Coutinho (PSB-PB), à Secretaria de Segurança Pública e ao comando da PM.
Os grupos alegaram o descumprimento de resolução da Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República, de dezembro de 2012, segundo a qual “é vedado o uso, em fardamentos e veículos oficiais das polícias, de símbolos e expressões com conteúdo intimidatório ou ameaçador, assim como de frases e jargões em músicas ou jingles de treinamento que façam apologia ao crime e à violência”.
O movimento foi impulsionado pelo deputado federal Luiz Couto (PT-PB), que se manifestou na Câmara de Deputados contra o emblema. Diante da pressão política, o comando da PM publicou a proibição no boletim interno. Policiais reclamaram não ter havido discussão interna antes da decisão.
Oito dias antes de assinar o boletim, o comandante-geral da PM, coronel Euller Chaves, manifestara seu apoio ao Bope, ao trajar a farda preta ornada por uma caveira, na comemoração do primeiro aniversário do batalhão. A bandeira da unidade, com a caveira trespassada por um punhal sobre o mapa da Paraíba, foi hasteada, e Euller gritou ao microfone: “Caveira!”
No dia 22, entretanto, o Bope deixou de usar em seus uniformes e viaturas a "caveira", símbolo de operações especiais pelo mundo. A página da unidade no Facebook, porém, manteve o distintivo da caveira com o punhal como imagem principal.
A medida está gerando protestos formais na PM-PB. Fundador e ex-comandante do Grupo Especial Tático – embrião do Bope –, o tenente-coronel Onivan Elias de Oliveira, coordenador de Planejamento do Estado-Maior da PM, escreveu um trabalho para defender a manutenção do símbolo e o protocolou no Estado-Maior da PM.
Major Bisneto (de preto), comandante do Bope-PB refutou a proibição da caveira

Para ele, a decisão “mexeu com os simbolismos, as tradições, os brios e a cultura da Instituição pública mais antiga do Estado da Paraíba” e abalou a tropa. O texto, com 78 páginas, é intitulado “O símbolo da Caveira e de Animal nas Forças de Operações Especiais Militares e Policiais no Brasil e as interpretações: uma (in)justiça para quem interpreta diante de contextos imaginários ideológicos”.
Segundo a unidade, o emblema do Bope abolido é um escudo cinza, contornado em preto, representando o sigilo das operações especiais e a disposição de operar em qualquer missão. "Ao centro, a caveira (crânio), símbolo da Inteligência e da coragem de um guerreiro e do desprendimento pessoal para o cumprimento da missão, cravada com a espada da justiça, simbolizando a 'vitória da vida sobre a morte'; ou seja, superando e vencendo a morte e o mal na Paraíba, representado pelo mapa ao fundo; as garruchas simbolizam as polícias militares."
Para contestar a ideia de que a caveira levaria à agressividade, Onivan cita símbolos como a espada do Ministério Público da Paraíba – que poderia ser interpretado como ligada à violência –, a cruz da igreja cristã – suplício e tortura? – ou a cobra, emblema da medicina. Diz ainda que cantigas de ninar, como “Atirei o pau no gato” não desenvolvem nas crianças desejo de matar bichos.
O Bope da Paraíba tem apenas um ano de vida, mas é originário de unidades criadas em 1996
O crânio é símbolo dos comandos do Exército Brasileiro e dos comandos anfíbios, da Marinha (cujo distintivo é uma caveira alada), assim como a onça representa os especialistas em guerra na selva. Diz-se que o mito teria nascido quando um comando francês (unidade de operações especiais cujo símbolo era uma adaga) durante a 2ª Guerra Mundial cravou sua adaga em uma caveira que enfeitava a mesa de um oficial nazista alemão. Esse gesto de “faca na caveira” – hoje um brado – simbolizaria a vitória sobre a morte.
O comandante do Bope-PB , major Jerônimo Bisneto, também manifestou seu desagrado com a medida em documento ao comandante-geral da PM.Oficiais da PM de 22 Estados manifestaram apoio ao símbolo na Paraíba.Para conselho de direitos humanos, símbolo é apologia à violência


IG

3 comentários:

Marcos disse...

até quando vamos ficar aceitando as subordinações aos direitos humanos que não defendem em nada o Ser Humano. quer dizer que uma força ostensiva não pode ser intimidatória não é. então vamos colocar agora, uma flor no brasão, no lugar da faca um espelho para que todos reflitam nele suas proprias inescrupulosidades, pintaremos a bandeira de azul celeste para ficar mais harmonico, o Caveirão agora pintaremos de rosa e sairemos por ai distribuindo flores e chocolates para cada marginal que, diga-se de passagem ta rindo da cara das forças policiais pelas ações das comissões de direitos humanos, e assim nós vamos construir uma sociedade mais humana, de bons humanos mortos, presos em suas residencias ou frustrados e de Lixo Humano livre nas ruas matando, roubando e dando risada, já não podemos intimidar, vamos então esperar as ações intimidatórias desta escória da sociedade.
não sou policial, sou um simples estudante que, tendo sofrido na mão destes marginais, SOU DE TOTAL APOIO A FACA NA CAVEIRA.

CAVEIRA!!

Marcos Vinícius disse...

Totalmente de acordo com seus comentários que, passados mais de 4 anos, permanecem muito atuais.

Infelizmente a "política de direitos humanos" é mais importante que a segurança da população.

Uma família pode amargar a perda de um familiar que volta do trabalho, da escola ou da igreja. Mas isto é apenas "estatística". Um Luiz Couto nunca aparece num momento destes.

Mas quando se trata de proteção a um "pobre indivíduo, marginalizado pela sociedade, e que foi forçado a buscar a vida do crime", nesta hora aparece sempre um advogado, ou um defensor dos direitos humanos.

Rebeca Santana disse...

Sou de total apoio a FACA NA CAVEIRA

Postar um comentário

 

Copyright © 2011 Jr Maximus - template by André Freitas

Sponsored by: Trucks | SUV | Cheap Concert Tickets