Polícia apresenta duas quadrilhas suspeitas de assaltar bancos em PE
A Polícia Civil apresentou na manhã
desta terça-feira (28) duas quadrilhas
responsáveis por assaltos a banco na
Região Metropolitana do Recife e na
cidade Goiana, na Mata Norte do
estado, neste ano. Juntas, elas são
responsáveis por seis crimes dos doze
que já aconteceram em Pernambuco
em 2012. O delegado e gestor do
Departamento de Repressão aos
Crimes Patrimoniais (Depatri), Antônio
Barros, disse que a meta é solucionar
100% dos casos ocorridos no estado.
Uma das quadrilhas apresentadas
possui seis integrantes, entre eles um
adolescente de 16 anos. Ela foi
desmontada numa operação
conjunta do Depatri e da Polícia
Rodoviária Federal (PRF), na última
sexta-feira (24), no km 74 da BR-101,
no Recife. Segundo informações da
polícia, a quadrilha pretendia assaltar
o posto bancário de dentro do Detran
da cidade de Garanhuns, no Agreste.
Com os detidos, foi apreendido um
revólver calibre 38.
A outra quadrilha é composta por
sete integrantes, entre eles um que
morreu na troca de tiros com a polícia
durante o assalto ocorrido na última
sexta ao banco Santander do bairro
de Parnamirim, na Zona Norte do
Recife. Com os suspeitos, a polícia
apreendeu uma pistola que pertencia
a um policial militar, três revólveres,
uma pistola de plástico, quinze
aparelhos de celular e seis relógios.
De acordo com Antônio Barros, as
prisões são fruto de um trabalho em
conjunto entre órgãos do governo.
“Estamos fazendo um trabalho de
inteligência focado na investigação.
Estão todos muito mais atentos ao
movimento nos bancos, o que
possibilita a atuação da polícia
durante a ação dos assaltantes ou
logo após. Com isso estamos
conseguindo esclarecer os casos.
Neste ano, temos 12 roubos a banco.
Desses, sete foram esclarecidos. A
meta do Depatri é atingir 100% de
resolução; estão todos
comprometidos”, falou. O delegado
informou também que o sétimo caso
solucionado foi o do assalto ao
Bradesco do bairro da Encruzilhada,
no Recife, no dia 16 de janeiro.
Segundo informações da Polícia Civil,
há uma nova tendência na atuação
das quadrilhas especializadas em
assaltos a banco. Os assaltantes estão
escolhendo o horário próximo às 12h
para fazer as investidas. Durante esse
período, ocorre a troca de plantão
dos vigilantes para o almoço,
deixando as agências mais
vulneráveis. Os suspeitos também
estão utilizando armas de brinquedo,
parecidas com as originais; somente
os bandidos que ficam foram da
agência que usam arma de verdade.
Durante o expediente, as quadrilhas
também mantêm pessoas infiltradas,
analisando detalhes da rotina de
funcionários e clientes.
Três delegados estão voltados para
atuar nesses casos: José Cláudio
Nogueira, Mauro Cabral e Roberval
Sales. A polícia informou que os
flagrantes de prisão aumentaram em
decorrência da troca de informações
dentro dos serviços de inteligência do
Depatri, da Polícia Militar, Polícia
Federal e Polícia Rodoviária Federal
(PRF). “O esforço é em conjunto.
Estamos contando com a ajuda dos
próprios bancários e do apoio da
Polícia Militar, nos principais
corredores bancários, que são
aquelas avenidas com muita
concentração de agências. Com os
apoios, se tiver qualquer
movimentação, a resposta é mais
rápida”, contou Antônio Barros.
Ainda de acordo com a polícia, os
assaltos atribuídos às duas quadrilhas
foram os das agências do banco
Santander nos municípios de Goiana
e Cabo Santo Agostinho e dos bairros
do Parnamirim, Coelhos e Arruda, no
Recife, e também o da agência do
Bradesco de dentro do Hospital
Oswaldo Cruz, no bairro de Santo
Amaro, no centro da capital
pernambucana. A polícia disse que
esses dois bancos foram alvo de 60%
das ações dos bandidos, pois
possuem agências sem porta giratória
detectora de metal ou circuito de
câmeras de segurança.
Em nota, o Bradesco afirmou que
segue um plano de segurança
aprovado pela Polícia Federal. Já o
Santander informou que a segurança
de suas agências é prioridade e que
cumpre todas as exigências previstas
em lei. A Polícia Federal disse que os
planos de segurança são renovados,
pelo menos, uma vez por ano e que
todos os estabelecimentos financeiros
que possuem esse documento são
fiscalizados. Se alguma irregularidade
é constatada, os bancos podem ser
advertidos, multados e interditados.
G1.com