Policiais e bombeiros do Rio decidem parar à 0h desta sexta-feira

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Na Cinelândia, cerca de três mil
policiais e bombeiros reunidos em
assembleia: greve decidida por
votação simbólica para início à 0h da
sexta-feira 10 de fevereiro (Marcos
Michael)
Com a greve no Rio, entra em ação o
plano do governo do estado, de
garantir a segurança nas ruas com
auxílio de 14 homens do Exército e
300 agentes da Força Nacional de
Segurança. A ajuda foi decidida pela
manhã, em uma reunião com o
comandante militar do Leste, general
Adriano
Líderes dos policiais e bombeiros
reunidos na Cinelândia, no centro do
Rio, decidiram entrar em greve a
partir da 0h desta sexta-feira. A
paralisação foi aprovada em uma
consulta simbólica aos cerca de 3.000
manifestantes – estimativa do
comandante do 5º BPM (Praça da
Harmonia), coronel Amauri, que
estava no local a trabalho. Os
organizadores estimaram o público
em 5.000 pessoas. Os policiais
rejeitaram a proposta de antecipação
de aumento aprovada na Assembleia
Legislativa do Rio pela manhã. Além
da reivindicação salarial – a principal
delas o piso de 3.500 reais para a
categoria –, os manifestantes
passaram a exigir a libertação do cabo
bombeiro Benevoluto Daciolo, preso
na noite de quarta-feira.
A manifestação atraiu menos gente
do que esperavam os líderes do
movimento. Representantes das três
categorias, ao longo da semana,
chegaram a dizer que pretendiam
reunir 100 mil pessoas na Cinelândia.
O prazo oficial da meia-noite foi
anunciado no palanque como uma
última chance para que o governador
Sérgio Cabral receba os
manifestantes. Este é o prazo
estabelecido também para a
libertação de Daciolo, cuja prisão
preventiva foi decretada pela Justiça
na noite desta quinta-feira. O
compromisso dos líderes do
movimento, segundo o presidente do
Sindicato dos Policiais Civis, Fernando
Bandeira, é de manutenção dos
serviços essenciais - o que significa,
por exemplo, que nas delegacias
apenas o plantão seja mantido, com
paralisação dos trabalhos internos e
de investigação.
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repetir Salvador
Com a greve no Rio, entra em ação o
plano do governo do estado, de
garantir a segurança nas ruas com
auxílio de 14 homens do Exército e
300 agentes da Força Nacional de
Segurança. A ajuda foi decidida pela
manhã, em uma reunião com o
comandante militar do Leste, general
Adriano.
A estratégia usada pelo governo do
estado para enfraquecer a
aglomeração surtiu resultado.
Comandantes de unidades dos
bombeiros mantiveram os militares
no quartel – entre eles o Quartel
Central, que em 2011 foi invadido por
manifestantes. No Batalhão de
Operações Especiais, o comando
determinou que às 20h todas as
equipes se apresentassem, para a
tropa de elite estar apta a responder
em uma situação de descontrole do
momento. No entanto, uma das
equipes se recusou a patrulhar a
região da Cinelândia.
O protesto na Cinelândia teve
algumas doses de comoção. O ponto
alto nesse sentido foi a declaração da
mulher do bombeiro Daciolo,
Cristiane, que declarou ter orgulho de
ser da família de um bombeiro.
Guerra de informação – O palanque
armado na Cinelândia se transformou
também em uma espécie de central
de boatos. Entre eles, os de
exoneração de comandantes e até de
demissão do comandante-geral da
PM – todos desmentidos. A
participação em massa de
representantes de outros estados não
ocorreu.

(Com reportagem de Cecília Ritto,
Rafael Lemos e Leo Pinheiro)
via qthdanoticia.blogspot.com

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