Delegado geral afirma que não vai tolerar corrupção na Polícia Civil

domingo, 26 de fevereiro de 2012

O delegado geral da Polícia Civil, Fábio
Rogério, afirmou que não vai tolerar
corrupção dentro da instituição e
declarou que as denúncias feitas por
um preso sobre possível extorsão por
parte de policiais civis serão
investigadas com veemência. Nesta
sexta-feira (24), um homem acusado
de arrombar carros declarou que
agentes da Delegacia Especializada em
Defesa e Propriedades de Veículos
teriam pedido a quantia de R$ 4.800
para arquivar as investigações.
Gustavo dos Santos Gomes,
conhecido como “Galego Doido”, foi
preso por uma equipe do 5º Distrito
Policial, juntamente com Daniel
Mendonça, o “Galeguinho”. Os dois
são acusados de uma série de
arrombamentos de carros em
estacionamentos de shoppings, casas
de recepção e supermercados, a
maioria na zona Sul de Natal.
Após mais de um mês de
investigação, os policiais do 5º DP
conseguiram chegar aos acusados e
os prenderam mediante mandado de
prisão. A dupla, inclusive, havia sido
flagrada por câmeras de vigilância de
um shopping da zona Sul e, diante
disso, acabou confessando que havia
arrombado um veículo no dia 24 de
janeiro.
O detalhe da história é que durante
depoimento ao delegado Ulisses de
Souza, titular do 5º Distrito Policial, o
preso Gustavo dos Santos relatou ter
sido vítima de extorsão por parte de
outros policiais civis, que seriam
lotados na Deprov. O jovem contou
que dois agentes foram até sua casa,
no Pitimbu, há 20 dias.
Eles teriam invadido o local afirmando
que estavam com um mandado de
busca e apreensão referente aos
arrombamentos dos veículos. No
entanto, os policiais teriam pedido a
quantia de R$ 4.800 a Gustavo dos
Santos. Caso ele pagasse esse valor,
as investigações sobre os crimes
seriam paradas na Delegacia
Especializada em Defesa e
Propriedades de Veículos.
Gustavo informou ainda que não
pagou a quantia, pois não tinha o
dinheiro. “Todas essas denúncias
foram colocadas no papel com o
depoimento dele. A partir de agora,
isso será remetido para a
Corregedoria para que se investigue e
se descubra se houve realmente e
quem são esses policiais”, destacou o
delegado geral da Polícia Civil.
De acordo com Fábio Rogério, o
preso disse que não sabia os nomes
dos policiais, mas os reconhecia. Por
esse motivo, o delegado geral
informou que serão apresentadas as
fotos de todos os agentes da Deprov
a Gustavo dos Santos para que ele
possa apontar quais os que estiveram
em sua casa.
“É importante ressaltar que não
podemos culpar ninguém
antecipadamente nem afastar os
policiais da Deprov. Sabemos que
muitas vezes existem pessoas que
praticam crimes e usam o nome da
polícia ou determinadas delegacias
para confundir as investigações. Mas,
como essas são denúncias graves,
não podemos deixar de apurar”,
completou Fábio Rogério.
Por outro lado, o delegado geral
lembrou que caso seja comprovada a
participação de policiais civis em
extorsão eles serão imediatamente
afastados e responsabilizados. “Não
vamos tolerar casos de corrupção
dentro da Polícia Civil e se for preciso
vamos punir com todo o rigor da lei”

Portalbo.com

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